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O que mudou na Ginecologia?
Para uma grande parte da população, e até mesmo a comunidade médica, quando se pensa em Ginecologia, o que vem em mente é a consulta de rotina, o preventivo e os procedimentos pré e pós-parto. Mas existe uma revolução acontecendo mundialmente na Ginecologia. E essa mudança já foi percebida pela mulher, que descobriu que pode ter mais do que coletas de preventivo, prevenção e tratamento de doenças ginecológicas. O que ainda é de se espantar, é ver que inúmeros ginecologistas ainda não perceberam essa revolução, que já foi identificada até pelas pacientes.
Você pode ser mais um Ginecologista, a fazer o de sempre, ou entrar para um seleto grupo atento à revolução tecnológica que está acontecendo no mundo inteiro. A mulher de hoje é mais independente e consciente do seu corpo, ela quer ter mais qualidade de vida, ela quer ter poder e juventude na região íntima. Ela já sabe que ela pode muito mais com a Ginecologia Regenerativa.
A Ginecologia Regenerativa, Funcional é responsável por melhorar a anatomia e funcionalidade da área genital feminina. O que acabou por aumentar, e muito, a necessidade de se expandir os conhecimentos além das fronteiras de especialidade médica. Trazendo uma capacitação para se atender de forma competente e apropriada estes novos requerimentos que, até cerca de duas a três décadas atrás, não fazia parte do escopo de atuação.
Surgiram novos conhecimentos no seio de outras especialidades para compor o perfil de competências que se exige em nossos tempos.
E para falar sobre quais são essas mudanças, falamos com o Dr. José Antônio Zelaquett – Ginecologista e obstetra, um dos poucos profissionais que atuam na área da Medicina Estética Genital Feminina, e Membro Fundador da Associação Brasileira de Cosmetoginecologia – e listamos alguns ótimos comentários imprescindíveis para o entendimento desse segmento que cada vez mais cresce no Brasil e o mundo. Esperamos que tenham uma ótima leitura!
Quais mudanças ocorreram no campo da ginecologia regenerativa, laser vaginal, e outras tecnologias?
Os médicos começaram a entender que o aparelho genital feminino não é apenas o lugar para se tratar doenças, que é o que a ginecologia estava fazendo até então. Ou mesmo ver o aparelho reprodutor feminino como um lugar apenas de procriação, uma casinha de bebê, ou se não for isso, tratar apenas de doenças da vulva, vagina, útero ou dos ovários.
Mas a ginecologia evolui para um momento onde está sendo visto uma questão muito maior, e mais holística disso, onde é tratado a regeneração da vagina e da vulva, a regeneração genital feminina.
Que é o caso da ginecologia regenerativa, onde serão tratados problemas que não irão interferir na expectativa de vida das mulheres, ou seja não irão morrer por causa disso, mas que interfere na qualidade de vida delas,diz o especialista.
Quais mudanças ocorreram no atendimento e nos resultados?
Segundo Zelaquett, o nosso propósito maior é utilizar e associar tratamentos, na recuperação e regeneração vaginal.
Neste caso, a palavra rejuvenescimento seria interessante para isso, o problema é que, quando se fala em rejuvenescimento, as mulheres de 60 anos podem criar a expectativa de que irão voltar a ficar igual quando elas tinham 20 anos. Então talvez não seja a melhor palavra para isso, mas o que pretendemos é melhorar o estado delas, para que fiquem mais próximo de quando eram jovens, principalmente quando tinham mais hormônios, e não tinham sequelas de partos e cirurgias.
Os maiores problemas que vemos hoje são por causa da idade, e que se trata de uma questão cronológica do envelhecimento e da falta de hormônio, chamamos de síndrome urogenital da menopausa – que é a atrofia vaginal – , além de alterações causadas por parto ou cirurgias vaginais ou algumas outras alterações que podemos recuperar.
Em alguns casos fazemos um tratamento minimamente invasivo, que sempre procuramos fazer, como o laser, a rádiofrequência, e outros tratamentos para estímulo de colágeno.
E em outros casos não, temos por exemplo, os pós-partos normais, que são lesões na musculatura perineal, então as vezes precisamos submeter a paciente à cirurgia para reconstruir esta musculatura, mas na verdade se podermos associar todos estes tipos de tratamentos, teremos um ganho, uma potencialização dos resultados” afirma o especialista.
Quais mudanças tivemos na relação médico-paciente e até nos ganhos do ginecologista?
Zelaquett conclui que para o médico ginecologista, isto veio melhorar bastante, pois são procedimentos novos, que temos um arsenal maior agora dentro da ginecologia.
Porém, normalmente são tratamentos onde não se tem plano de saúde, que para o paciente acaba não sendo uma ótima opção, mas por outro lado, para o médico, não acaba tendo o seu tratamento depreciado e a sua valorização profissional depreciada pelos planos de saúde. Logo, é possível trabalhar de uma forma adequada na medicina, sem precisar abrir mão do seu valor como médico, e com um tratamento que pode mudar completamente a vida das mulheres”.
Dúvidas, críticas ou elogios deixem nos comentários. Até a próxima!!!