Quando falamos em Ginecologia a maior parte das pessoas podem pensar que ainda se trata somente das consultas de rotina, dos tratamentos relacionados a gravidez e menopausa. A Ginecologia Regenerativa Funcional e Estética já existe há alguns anos e essa área de atuação só cresce, apesar dos desafios, ela têm se tornado cada vez mais presente nos consultórios. Neste artigo vamos falar um pouco mais sobre esta área em expansão e os desafios que ainda existem.
O que é Ginecologia Regenerativa?
Ginecologia regenerativa funcional e estética é o nome dado ao conjunto de procedimentos que buscam devolver a funcionalidade e a estética à área genital da mulher, que é perdida ao longo da vida. O objetivo principal da ginecologia regenerativa é rejuvenescer, restaurar a anatomia do assoalho pélvico, estimular a sexualidade e harmonizar a região, recuperando a autoestima e a confiança da mulher. Esses procedimentos atuam em toda área genital feminina, tanto na região vulvar, incluindo os pequenos lábios, grandes lábios, clitóris, quando na vagina, nas paredes vaginais e na área perineal.
Quais são os procedimentos mais procurados na Ginecologia Regenerativa?
Podemos destacar dois grandes protagonistas dessa área, o laser íntimo e a radiofrequência.
- Radiofrequência: Ela atua por meio da energia eletromagnética, que causa um dano térmico controlado. Com o aumento da temperatura são desencadeadas diferentes reações: vascularização, aumento do metabolismo local e produção de colágeno.
- • Laser íntimo: O tratamento é mais simples do que você pode estar se perguntando. Primeiro, acontece a introdução de uma sonda vaginal (bem parecida com aquelas utilizadas em exames transvaginais convencionais) e pode ocorrer, em média, em três sessões de 20 minutos cada, uma vez por mês. O desconforto no processo acontece devido a um calor local, que muitas pacientes sentem, devido a emissão dos pulsos do laser. Para esse efeito, é recomendado o uso de anestésicos ou películas protetoras, diminuindo o desconforto em 90%. A principal diferença entre os benefícios do laser em comparação ao uso contínuo de estrogênio tópico ou sistêmico é que o efeito do laser se mostrou mais duradouro, podendo chegar até a seis meses após a última sessão.
Como se especializar?
Hoje já existem diferentes cursos voltados para esta área de atuação, tanto nacionalmente quanto internacionalmente, bem como simpósios, seminários e encontros. A ABCGIN, uma das pioneiras no assunto, promove cursos presenciais e EAD, além de estimular o aprendizado constante através de encontros online e gratuitos, chamados de Sessão Científica.
Desafios
Um dos grandes desafios é tentar tornar esta área de atuação mais acessível, quebrando os tabus, não só para os médicos mas para pacientes. Por mais que o nome seja Ginecologia Regenerativa Funcional e Estética, vai muito além de apenas estética.
O Ginecologista e Presidente da ABCGIN, Dr. José Antônio Zelaquett, afirma que evoluir tecnicamente também é um dos desafios “Neste contexto de tornar a Ginecologia Regenerativa e os tratamentos acessíveis para médicos e pacientes, precisamos continuar evoluindo tecnicamente, fazendo estudos, trabalhos, publicações, cursos e capacitações, para que essa área de atuação fique cada vez mais consistente para que a gente tenha resultados melhores no futuro.”
Espera-se que a Ginecologia Regenerativa Funcional e Estética seja capaz de renovar o olhar para a saúde da mulher, sempre valorizando a jornada científica do médico, buscando novos olhares e novas tecnologias para fortalecer e qualificar o campo de atuação.