jan
07
Endometriose – como tratar?
Cólica menstrual e ciclos intensos, dor durante as relações sexuais, inchaço abdominal, alterações intestinais e infertilidade: esses são alguns dos sintomas da doença que acomete grande parte das mulheres. A endometriose se caracteriza pelo crescimento desenfreado das células do endométrio, que se localizam dentro do útero, mas, nessa condição, podem se movimentar em sentido contrário ao natural, migrando para seu exterior, gerando, portanto, uma inflamação em outros órgãos da cavidade abdominal. As causas da doença ainda não são conhecidas cientificamente, mas acredita-se que seja uma condição genética. Existem alguns tipos de endometriose, vejamos quais são eles.
Os tipos de endometriose
Como já se sabe, existem alguns tipos distintos da doença e cada um deles apresenta uma gravidade, isso depende de onde os fragmentos de tecido estão localizados. São eles:
Endometriose ovariana – Ocorre quando há a presença de cistos -geralmente contendo sangue em seu interior – localizados nos ovários, Esse tipo da doença pode causar dificuldade para engravidar, já que é nos ovários que ficam armazenados os óvulos, e problemas como esse podem dificultar sua saída.
Endometriose superficial – Apesar do nome “superficial”, esse tipo de endometriose pode chegar a se extender até o diafragma. Nele, as lesões costumam estar localizadas na bexiga ou no intestino e pode causar fortes dores abdominais.
Endometriose profunda – Costuma ser considerado o tipo mais grave da doença, pois, nele, as lesões possuem uma profundidade igual ou maior que 5 mm. Dentre os órgãos que podem ser afetados, estão: bexiga, vagina, intestino e pulmões.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da endometriose pode ser um pouco difícil, já que nem todas as pacientes apresentam sintomas. Contudo, existem exames laboratoriais e de imagem – além do exame clínico, que é muito importante – que ajudam a identificar a doença. Os mais usados são a ultrassonografia endovaginal, ressonância magnética, videolaparoscopia e o marcador tumoral CA-125.
O tratamento
A endometriose é uma doença que não tem cura, e isso aflinge as pacientes que a possuem, no entanto, existem algumas maneiras de controlá-la. O tratamento pode ser feito a partir da administração de anticoncepcionais de uso contínuo, que fazem com que o ciclo mentrual seja suspenso, e, com isso, novos fragmentos de endométrio não migraram para fora do útero. Além disso, existe a remoção cirúrgia das lesões, mas vale lembrar que esse procedimento não traz a cura definitiva, pois, se a paciente tem a doença, é provável que ela venha a apresentar novos focos conforme a mentruação ocorra. A retirada do útero e dos ovários também é uma maneira de tratar a endometriose, porém, essa alternativa costuma ser recomendada a mulheres que já possuem filhos.
Convivendo com a doença
Ao receber o diagnóstico, muitas mulheres passam por momentos de tristeza e ansiedade, mas é importante frisar para as pacientes que esse não é o fim do mundo. Além de existir o tratamento, como foi falado, existem, também, maneiras de evitar que a doença progrida. Manter uma boa alimentação, evitar o estresse em excesso e praticar atividade física são fatores que auxiliam no controle da endometriose. É imprescindível, também, manter todos os exames em dia.
Apesar da endometriose não possuir cura até o presente momento, não é motivo para desespero. Os médicos precisam conversar com as suas pacientes para apresentar a elas as melhores alternativas de tratar a doença.